Artista plástico contemporâneo, Felipe Senatore apresenta em suas pinturas um processo de construção em que cada obra liberta uma intensa expressividade. Em seus trabalhos abstratos geralmente de grandes dimensões o Artista compõe elementos pictóricos com gestos de profunda intensidade e movimento que conduz o observador a uma viagem emocional inesquecível.
“As Articulações estruturais das cores percorrem o espaço com largos gestos que conduzem o olhar ao primeiro plano deixando na profundidade leves vibrações, ressonâncias de pensamentos suspensos na luz.” Extraído do texto escrito por Claudio Cerritelli – crítico de arte e professor da academia de Brera em Milão, para a mostra “Seul filo Del Colore” em março de 2003, Seregno (MI) Itália.
As massas de cor são superpostas definindo uma trama particular. Com muitas veladuras repassadas em movimento contínuo e gráfico o Artista transmite uma vibração que não se atém ao espaço da tela. Dessa forma age e comanda a atenção do espectador. De fato suas obras podem ser vistas como “janelas” de uma cena que se estende para muito além do suporte da pintura. É como se o observador continuasse com o processo criativo do Artista. Como conseqüência, a memória visual que persiste traz uma impressão sonora que caracteriza toda sua produção artística.
“O expressionismo abstrato de Felipe Senatore está estreitamente ligado à objetivação de seqüencias musicais.” Assim escreveu o crítico de arte Alberto Collazo por ocasião da exposição que o artista realizou em Buenos Aires.
Atualmente Felipe Senatore divide seu tempo entre os projetos no Brasil e na Itália, em Milão onde residiu por seis anos e ainda hoje mantém seu atelier em Monza.
Engenheiro mecânico e analista de sistemas soube aproveitar sua formação na área das ciências exatas para desenvolver uma técnica própria de pintura. Certamente esse mesmo raciocínio lógico criou no Artesta a necessidade de se expressar com tanta liberdade.